“sou pássaro
que voa, sem mais medos, sem mais represa alguma, farejei o cheiro da
felicidade e encontrei na natureza meu maior desejo, o de ser feliz conectada
diretamente com as energias da vida, sonhos e abstratos... sou feliz, menina
feliz que hoje sorri com a alma, que não se esconde mais do mundo; hoje junto com o sol inicio o dia, na
companhia do céu, silencio e objetividade percorro os sonhos passo a passo, me
perdi deveras sempre disposta a encontrar os trilhos da vida... sou feliz, hoje
sim” (P.G- 24 de outubro 2012)
Desconstruir
e reconstruir ideais em cima de um novo olhar e modo de viver é extremamente
complicado, mexe com cada sentimento, razão e sua própria moral até então uma
convicção certa e um caminho conhecido, quando muda você simplesmente não sabe
para onde ir.
É capaz de pensar e sentir tudo ao mesmo tempo, como se estivesse em meio a um
moinho de todas as maiores idéias, uma realidade fantástica e ao mesmo tempo
instala-se uma crise desesperada entre sua vida, emoção e razão.
Como ser humano você se acha inteiramente capaz de se policiar e comandar seus
pensamentos e é com um pouco de frustração que vejo que não é bem assim; não
comandamos nada, somos existentes de uma realidade escrita, subordinada e numa
era da tecnologia, mas, quando envolvem personalidades e sentimentos ninguém é
capaz de entender com lógica coisa alguma.
Somos fantásticos porque podemos amar objetos, pessoas e qualquer coisa, somos
capazes e fortes o suficientes para sentir e emanar sentimentos para o universo
e para os seres, o que não significa que aconteça; estamos inseridos num globo
de ideais que compõe uma realidade abstrata de valores, sentimentos e paixões.
Almejamos o perfeito e uma terra o mais próximo de nossos ideais, sim nossos,
porque erramos todos os dias, todos os séculos por sempre pensarmos em nós
mesmo e não como uma sociedade constituída por diferentes valores. Assim gira o
globo da vida, com nossas próprias metas.
Historias que esbarram em outras historias, vidas que se cruzam e fazem uma
nova era, pessoas que evoluem tecnicamente e não aprendem o valor do sentimento
amor, aquele que mesmo passado séculos e uma vida não rompe, mas, também não
queima mais como o sentimento principal da humanidade!
Sob um mesmo céu composto por nuvens azuis que se transformam em brancas profundas,
que vira preto aonde brilha as estrelas, as vezes na companhia das nuvens, que
flutuam com reflexos que gritam para fugir do que sempre acontece, assim como
nós, que somos ligados a desejos, necessidades e obrigações, mas, que em algum
momento, é preciso esvair, extravasar e deixar sair para o mundo o que se quer.
Fugir do real e libertar o que prende é tão ou mais difícil do que deixar criar
vida dentro de você mesmo, estamos aqui para conhecer, sobreviver, emanar, passar, acrescentar, descobrir e
aprender.
Como é difícil...
Movidos pelos sentidos de um certo e errado constituído por nós mesmos, que
somos complacentes a todo e qualquer momento, loucos e lúcidos a escrever
historias de vida, banidas e supostamente felizes, ninguém é extremo felicidade,
ninguém é extremamente tristeza... todos sabem sorrir, todos sabem amar, mas
nem todos sentem ou querem sentir.
Arraigados, amargurados, heróicos, homens, mulheres, seres humanos esse que é o
glorioso da terra que constitui uma verdade absoluta entre razão,
sentimentalismo e emoções são de “vero” respeito a cada atitude de todas as
glorias.
Universo das sete chaves, do desejo humano da vida repelida que corre por entre
os rios silenciosos que fazem deste mundo um imenso profundo retrato recortado
de um passado, distinta, por alguns respeitados, por outros amados, por
diferentes odiosos e assim de deveras maneiras; uma realidade vivida
equivocada.
Assim escrevemos a realidade abstrata, nossas vidas, amarguras e sucessos;
compelidas criaturas que fazem do mundo essa sociedade completamente alucinada
por todos os anseios, de um mundo brando repleto de sentimentos e criaturas que
contam de uma outra maneira, existe luta, existe desejo existe por detrás de
tudo isso humanos, meros humanos que erram ao contar uma historia que já vem
errada de um tempo distante...
Paula
Golombiewski
24 de outubro 2012